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Desde que engravidei que desenvolvi um certo sentimento de culpa em relação ao Xavier. Ultimamente este sentimento tem vindo a crescer e embora eu racionalmente o veja como completamente despropositado, a verdade é que ele está cá. A sensação é de que estou a destronar o reizinho; que agora ele vai deixar de ser o centro do meu mundo. Mas será que é assim? Da mesma forma que eu imaginava amar muito o Xavier antes dele nascer e depois de ele nascer fui invadida por um sentimento que está bem para além do imaginável, será também possível que o meu amor não tenha que ser dividido, mas que dobre?
É uma dúvida que me tem levado a mimar demais o Xavier e isso tem-se reflectido no seu comportamento e na minha relação com o João (parece que estamos sempre em desacordo sobre a melhor atitude a tomar). Tenho ainda a esperança que este sentimento tenha alguma origem no fluxo hormonal decorrente da gravidez e que passe com o nascimento. Acho que só vou saber quando realmente acontecer.
Até lá fico com a consciência de que tenho que me retrair um pouco no excesso de protecção que estou a oferecer ao meu reizinho, porque só o prejudico. Tenho também que agradecer ao marido fantástico que tenho, não só por me aturar estas gravidezes atribuladas, como por manter o bom senso e a disciplina do nosso primogénito.
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